quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Relatório do filme "O último dia dos dinossauros"

Há 165 milhões de anos, na cintura interna de asteroides (entre Marte e Júpiter), bilhões de pedaços de rochas viajavam através do espaço na mesma direção. Um dos pedaços de rocha ia numa direção completamente diferente, a 35 mil km/h. Dois asteroides colidiram e fragmentaram-se em milhões de fragmentos. Um desses fragmentos, com 10 km de diâmetro, 100 milhões de anos depois, iria mudar a história da Terra.
No México, uma manada de Alamossauros[1] estava à procura de alimento, quando avistaram o asteroide, que os cegou, com mais de 20 mil graus Celcius. Com uma força explosiva maior do que a mais poderosa de todas as bombas nucleares já construídas, atingiu as águas rasas do Golfo do México. Terra e rocha foram lançados no espaço a 170 mil km/h. Numa fração de segundos, o asteroide inteiro desintegrou-se no planeta. A 800 km do local do colapso, a temperatura do ar atingiu mais de 300 graus Celcius. Os dinossauros foram queimados vivos devido à exposição direta ao calor devastador da explosão. Com o impacto, pedras do tamanho de edifícios foram atiradas pelo ar e centenas de Alamossauros que sobreviveram ao impacto foram bombardeados de cima. A pluma formada na explosão chegou a centenas de metros da zona do impacto, alta e brilhante o suficiente para ser vista no horizonte.
Do outro lado do mundo, a 13 mil km do impacto, na Mongólia, uma família de Caronossauros[2] bebia água de uma fonte, enquanto um Saurornithoides[3] lhes tentava roubar os ovos.
Oito minutos depois do impacto, uma bola de fogo crescia a mais de 100 km acima do marco zero. 70 Bilhões de toneladas de rocha e terra pulverizadas encheram a atmosfera superior com uma nuvem de pó e vidro microscópicos. Esta espalhou-se rapidamente, tendo a fricção criado um calor intenso e uma nuvem de pó, a mais de 8 mil graus Celcius, queimando tudo abaixo dela. A nuvem ejetada continuou a espalhar-se, a grande altitude. A temperatura da superfície aumentava bruscamente, subindo alguns graus a cada segundo. Quando a temperatura do ar atingiu os 50 graus Celcius, os dinossauros abrigaram-se. 90 Minutos após o impacto, a temperatura atingiu os 150 graus Celcius. O microclima de uma caverna refrescou o suficiente para alguns dinossauros sobreviverem.
No Pacífico noroeste, ainda resistiram vários dinossauros. O calor intenso gerado pela nuvem ejetada desencadeou incêndios por toda a parte. A pressão do ar disparou, criando um vácuo que sugava as chamas. A frente do fogo queimava forte e rapidamente, movendo-se pelo chão do vale a 14 km/h. O solo estava completamente em chamas. A temperatura era de 100 graus Celcius. Os dinossauros, em pânico, subiram para as encostas de um vale. Mas os grandes dinossauros não tinham onde esconder-se. Duas horas depois do impacto todo o planeta estava coberto de poeira e fumo.
Na Mongólia, os dinossauros saíram da caverna quando a nuvem ejetada começou a clarear, mas uma tempestade de areia formou-se. Os 150 graus Celcius que assaram a Mongólia transformaram um fenómeno climático comum numa supertempestade.
Uma semana depois do impacto, os alimentos escasseavam muito em todo o planeta. A fome forçou os herbívoros gigantes (Triceratops) a deslocarem-se em direção à costa do Pacífico, até uma ilha que estava aparentemente intocada pela desolação que a rodeava.
Nas profundezas, bem abaixo da superfície, o fundo do oceano foi abalado pelo impacto inicial do asteroide. Rochas sedimentares desagregaram-se sob tensão e desabaram 100 metros, no fundo do oceano. Na praia, o oceano recuou centenas de metros. O caminho para a ilha, de súbito, tornou-se seco. Mas o asteroide acordou a força mais destrutiva do oceano: um mega tsunami – uma onda monstruosa com 100 metros de altura.
Quando o asteroide bateu na superfície da Terra libertou um milhão de megatones de energia fazendo com que as placas tectónicas se rasgassem e se fraturassem, fazendo com que a rocha derretida (magma) force caminho até à superfície pelas fraturas recém-formadas, até que expludam acima da crosta terrestre, em violentas erupções vulcânicas, libertando poeiras e gases tóxicos para a nuvem ejetada. Esta mortalha infernal já tinha vários km de espessura, impedindo que a luz e o calor do Sol chegassem à superfície da Terra, tendo o planeta mergulhado num inverno nuclear.
Na Mongólia, os poucos dinossauros que ainda viviam, morreram sufocados por gases tóxicos que as erupções vulcânicas libertaram: sulfato de hidrogénio – H2S.
Pequenos grupos de dinossauros ainda viviam e tentavam recomeçar, mas as suas espécies já estavam mortas, pois, para sobreviver, qualquer espécie precisa de manter uma massa crítica de população.
A Natureza renasceu das ruínas e uma nova vegetação cresceu, em particular, uma planta: samambaia. Esta planta cobriu o planeta de verde, dando lugar às florestas, trazendo oxigénio e vida ao planeta, preparando-o para uma nova era. Os mamíferos multiplicaram-se e diversificaram-se, 10 mil espécies explodiram pelo planeta. Mas uma espécie muito importante afastou-se dos seus parentes e desceu das árvores. Andavam sobre 2 pernas, evoluíram cérebros maiores e, finalmente, dominaram o planeta.





[1] Alamossauros: grande herbívoro quadrupede, que media 22 metros de comprimento, 12 metros de altura e pesava cerca de 30 toneladas.
[2] Caronossauros: herbívoros doceis que mediam cerca de 13 metros de comprimento e pesavam 4 toneladas; caronossauro significa “lagarto carnívoro”.
[3] Saurornithoides: espécie de dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo. Media 3 metros de comprimento e pesava 45 kg. Este dinossauro foi um dos mais inteligentes que se conhece.

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